segunda-feira, 30 de abril de 2012

Bonita de Hoje - Andréa Beltrão



Andréa Beltrão é figura bastante conhecida da TV desde aos anos 80, quando participou de programas como Armação Ilimitada. Ela está sem fazer novela desde "As filhas Da mãe" em 2001 mas está sempre envolvida em trabalhos como tearo e filmes.
Todas as terças-feiras, Andréa Beltrão (48 anos) diverte o público com a série global Tapas & Beijos ao lado da Atriz Fernanda Torres.
Fez a  A Grande Família por oito anos. Admite ter entrado em um período sabático e quer mais é saber de curtir a vida ao lado do marido Maurício Farias - cineasta e diretor do programa - e dos três filhos, Chico, de 17 anos, Rosa de 16 anos, e o caçula José, de 13 anos.
Quem olha a Andrea não diz que ela  tem 48 anos. Com um estilo despojado e com seus papeis sempre de mulheres bem idependentes  como"Radical chic"  e "Marilda"  faz com que encherguamos nela um mulherão.
Ela se diz descrente de Deus, anjos e zodiaco 'Sou cética mesmo. Não acredito em nada. Só em mim e nas pessoas que amo', diz em entrevista abaixo dada exclusivamente para revista Mrie clarie. Em tempo integral é mãe, atriz e namorada. 'Costumo dizer que uso um perfume chamado mulheríssima, que tem poder de me fazer dar conta de todos os afazeres' brinca.
Dona de uma segurança invejável,  não teme que o marido a troque por uma das atrizes iniciantes da Globo. 'Eu me garanto.'







Marie Claire Em que uma ateia convicta se apega nos momentos difíceis? 


Andréa Beltrão Em nada. Não acredito em nada. Só em mim e nas pessoas que amo. Se estou passando por um momento difícil, ouço uma música, choro, e só. Fé, para mim, é sinônimo de esperança. É um pensamento firme de 'tem que dar certo'. E se não der, não deu. Não foi Deus que quis. Quando meu irmão morreu, até pensei: 'Poxa, se eu acreditasse em alguma coisa, seria mais fácil superar essa dor'.


MC Quando foi isso? 
AB Há 18 anos. E ele tinha só 19. Foi um aneurisma cerebral, uma morte praticamente instantânea. Essa é, sem dúvida, a grande marca da minha vida. Éramos muito próximos e o mundo parou para mim. Minha mãe e eu ficamos em estado de suspensão, tentando viver sem aquela pessoa que era o centro da nossa vida. Apesar de sermos ateias, chamamos um padre para rezar a última missa. Precisávamos daquele ritual de passagem e os amigos também. Me lembro do padre dizendo: 'Quando uma mãe morre, a criança fica órfã. Quando o marido morre, a mulher fica viúva, mas quando morre o filho, nem Deus sabe que nome dar'. Isso não deveria existir.


MC Você ainda pensa muito nele? 
AB Muito. Em toda estreia, penso: 'É para você, Arthur'. Coloco minha mãe na frente, num lugar legal, e imagino que meu irmão e minha avó estão ali, sentados juntos. Me faz bem imaginar que o carinho deles continua existindo.


MC Você já fez análise? 
AB Desde os 25 anos. Com uma ou outra pausa. Mas não paro nunca. Preciso elaborar, conversar. Não importa a linha. Atualmente, acho que faço uma lacaniana porque, às vezes, a sessão é tão rápida [risos]. Mas eu adoro, viu?


MC Todo mundo deveria vir ao mundo com direito a um analista, né? 
AB E a um cabeleireiro também.


MC Você é vaidosa? 
AB Cuido do meu corpo porque me beneficio dele como atriz. Não sou uma pessoa amostrada. Não uso grandes decotes nem roupas justas. Mas [para e pensa]... Acho que sou vaidosa, sim. Passo creme todos os dias. Minha pele é muito seca, descasca. Um nojo [risos]. Também passo embaixo dos olhos porque já estou na idade, né? [aponta para o pé de galinha que não tem]. E quando corro, me entupo de filtro solar e aproveito o boné para colocar um creme no cabelo. Assim, o calor vira logo uma máscara capilar.


MC E maquiagem? 
AB Não uso.


MC Mas você está de rímel... 
AB É que fui a um programa de TV divulgar Som & fúria [minissérie de Fernando Meirelles exibida pela Globo, em julho, em que Andréa vivia uma atriz de teatro shakespeariana]. Essa não sou eu. Eu estaria totalmente sem maquiagem! Zero. Cara lavada. Só uso por causa do trabalho.


MC Nem em uma festa, à noite, só entre amigos? 
AB Também não. A TV e o teatro me obrigam tanto a usar que, quando posso ficar de cara limpa, acho mais bacana. Ser atriz é acordar todos os dias com o travesseiro borrado, cheio da maquiagem que você jurou que tinha conseguido limpar...


MC Já fez plástica? E botox? 
AB Ainda não. E botox, não poria. Todo mundo fica igual, com a mesma feição. Nunca vi um que eu dissesse: 'Nossa, que bem feito'. Já plástica, eu faria, sim, nos olhos. A pele vai caindo, né? Mas, se der sorte, pretendo não fazer nada e ficar engraçadinha [risos]. Chega uma hora em que nosso papel é mesmo o da avó!


MC Já teve medo do Maurício te trocar por uma atriz de 19, 20 anos? 
AB Ai, não. Eu me garanto. Estou muito preenchida e sei que se ele fizesse isso ia se arrepender [risos]. O Maurício é meu príncipe encantado no cavalo branco. É o homem da minha vida. Trabalhamos e viajamos muito, então aproveitamos cada encontro sem o rami-rami da rotina. Acho que isso é uma conquista da maturidade. Às vezes, falo: 'Ih, olha lá que moça bonita'. Mas ele diz que bonita mesmo sou eu [ri, encabulada]. É cego, graças a Deus!


MC Ele dirige A grande família e te dirigiu em Verônica [filme em que Andréa vive a protagonista]. Como conciliam trabalho e vida íntima? 
AB Fomos aprendendo a dizer as coisas na hora certa. Não dá pra chegar o tempo todo e dizer: 'Sabe aquele lance que rolou no estúdio', se não o casamento vira uma reunião. Trabalhar com ele é ótimo e a nossa vida, uma delícia [suspira]...


MC Como o namoro começou? 
AB Na novela A viagem [1994]. Eu atuava, ele era um dos diretores e eu me apaixonei. 'Nossa, fazia tempo que eu não via um bicho desses', pensei. Logo depois, fomos morar juntos e eu engravidei. As minhas três gestações foram ótimas e todos os partos, normais. Ter filho é o máximo! Não o ter da ordem de possuir, mas a magia de vê-los crescendo, as atitudes, o comportamento.


MC Francisco, seu filho mais velho, está na idade em que os meninos ficam mais tempo no banheiro, descobrem o próprio corpo. Como você lida com isso? 
AB 'Bota a cueca imediatamente [faz voz de brava], fecha essa porta agora, seu indecente. Nada de andar com o pau pra fora.' É assim que eu resolvo, tá bom [risos]?


MC Não deveria haver diálogo? 
AB Que diálogo? Aquilo é aquilo mesmo! Eu lá vou explicar o pau duro do meu filho para ele? Eles já sabem de onde vêm os nenéns, o que é bunda, peito, xoxota, tudo. Lá em casa tem um combinado: em porta fechada não se entra. Tem só que avisar que tá vivo, de vez em quando, que a gente respeita.


MC Como você fala com eles sobre as drogas? 
AB Eles estão ligados. Andam de ônibus, estudam num colégio público, estão na vida. Para eles, droga é uma coisa careta, cafona. Já me perguntaram: 'Mãe, você bebe pra ficar bêbada?' Não, não é pra ficar bêbada. Eu já fiquei, e não é bom. A gente conversa à medida que eles solicitam. Tento passar que nenhuma coisa que você acha que consome, mas que, na verdade, está te consumindo é legal. Pelo meu passado, e pelas minhas histórias, não posso ter medo de falar disso com eles.


MC Qual foi a sua experiência com as drogas? 
AB Posso te dizer que a melhor coisa dela, foi ter conhecido o NA [Narcóticos Anônimos]. Foi um momento felicíssimo da minha vida. De muito resgate, de coisas legais. De um encontro com uma segurança, uma firmeza e uma paz que eu nunca tinha tido.


MC Como você chegou a ver que precisava de ajuda? 
AB Tava na cara. Eu sabia. Tinha 20 e poucos anos e foi muito forte...


MC O que era? Cocaína? 
AB É indiferente, né? E acho que nem precisamos entrar muito nesse assunto. O fato é que eu tava descontroladamente sob controle externo. Fiquei quatro ou cinco anos frequentando o NA. Segundo a Organização Mundial de Saúde, isso não tem cura. Mas eu estou protegida. Me cuido, me curto.


MC Você é a favor da legalização? 
AB Não sei. Sei que o tráfico gera violência, mas imaginar que qualquer um possa ir ao jornaleiro comprar a droga que quiser, não me parece bom.


MC Desde 1983, quando estreou como a Zelda Scot de Armação ilimitada, você já fez 13 peças, 19 filmes e 27 trabalhos na TV, ou seja, quase três obras por ano. Já pensou que possa ser viciada em trabalho? 
AB Nunca tinha feito essa conta. Mas essa média é uma grande lisonja. Se consegui estar sempre no teatro, na TV e no cinema, fico muito honrada. Teatro sempre foi minha paixão. Tanto que comprei um com a Marieta [Severo], o Teatro Poeira, no Rio, que me dá muito trabalho e muito prazer. É puxado, mas não me acho workaholic. Me alimento disso e quero sempre o melhor.


MC Esse perfeccionismo é bem coisa de virginiano, né? 
AB Ai, não. Não acredito em signo. Sou organizada, mas deve ter um monte de gente assim que nasceu em diferentes meses do ano. Dizem que a gente é 90% trabalho e 10% de sorte. Eu, na minha vida, me considero uma pessoa de bem pouca sorte. Mas acertei nas escolhas, por isso deu tudo certo.


MC Por que 'pouca sorte'? 
AB Tudo o que eu tenho foi conquistado, batalhado mesmo. A superação da morte do meu irmão, a da minha avó, que faleceu seis meses antes dele... Nada foi fácil.


MC É verdade que quando menina, seu ídolos eram o Fidel Castro e o Che Guevera? 
AB É. Meu tio Jorge, irmão da minha mãe, foi perseguido pela ditadura e eu sabia que o desejo da minhja família era que aquilo acabasse. Vivi o lado bonito e utópico do socialismo. Li o Eric Hobsbawm [historiador marxista], a História da riqueza do homem, do Leo Huberman, e via a minha mãe escondendo as roupas do meu tio pra ninguém saber onde ele estava. Na escola, aos 7 anos, lembro que não podia dizer o nome do meu tio, nem o sobrenome da família. Ou seja, Fidel e Che eram o máximo, a esperança de que aquilo ia acabar.


MC De todos os papéis que interpretou, qual é o seu maior xodó? 
AB A Zelda. Eu tinha feito um especial sobre Nelson Rodrigues, na Globo, aos 15 ou 16 anos. Depois, fiz Corpo a corpo, do Gilberto Braga, em que eu era o patinho feio da trama. A linda era a Malu [Mader], aliás, linda mesmo. Aí, ganhei a Zelda, uma heroína, de cabelo curtinho, capaz de ser negra, flor, alface, sapatão, tudo. Em cada episódio, era um coisa diferente, um verdadeiro Zélig, o que pra minha personalidade cênica foi incrível.


MC Ela vivia um triângulo amoroso com Juba e Lula e o programa era visto por crianças. Você não acha que, hoje, isso seria censurado? 
AB Não. Era tudo meio velado. Quando ela ficava excitada, seus óculos embaçavam. Quando ficava pelada, tarjas pretas cobriam as partes íntimas. A linguagem era divertida, não deixava o programa pesado.


MC Já aconteceu de você estar assistindo TV com seus filhos e ficar constrangida com alguma imagem? 
AB Ah, eu falo mesmo: 'Gente, que merda é essa? Anda, Rosa, Chico [grita como se falasse com os filhos] desliga essa droga!' Normal. A própria criança saca que tem coisas inadequadas e sai fora. Não fica feito idiota, absorvendo.


MC É verdade que você se inspirou na sua mãe para viver a professora Verônica, no filme homônino? 
AB É. Minha mãe se chama Madalena, tem 67 anos, é linda, super viva e a gente é muito grudada. Ela é professora aposentada do Pedro II [onde Andréa estudou e estudam seus filhos] e sempre a vi corrigindo provas, dedicando-se. Eu pensava: 'Nossa, queria tanto ter uma professora assim'.


 MC Por que colocou seus filhos num colégio público, podendo pagar a melhor escola particular? 
AB Por que o Pedro II é um colégio excelente e minha mãe, por ser professora aposentada pela escola, tem o direito a vagas para filhos e netos. Ela e todos os ex-funcionários de colégios federais.


MC Mas tem um componente ideológico nessa escolha, não tem? 
AB Meu critério é qualidade. Jamais faria exercício de ideologia com o futuro meus filhos. 'Ah, vai fazer uma experiência social, ali.' Não, nunca me perdoaria. Acho isso de uma irresponsabilidade assustadora. Pesou também o fato de ser uma escola laica, porque no Rio quase tudo é São Isso, Santa Aquilo. E eu não tenho religião. Sou ateia. Completamente cética. Ou seja, o ensino é bom, a escola é laica e o critério de entrada não é financeiro.


MC Eles não sofrem preconceito por serem de classe média alta? 
AB Não. Lá tem de todas as classes e eu trato meus filhos sem deslumbramento. É simples assim: 'A mamãe é artista e isso é um trabalho como qualquer outro, só que aparece mais'. Aqui em casa, eles são filhos da Andréa e do Maurício. Da figura Andréa Beltrão, atriz, eles acham, no máximo, graça.


MC De onde vem essa lucidez? 
AB De uma família com uma cabeça muito bacana. Além da minha mãe, tive meu pai, um pernambucano [emociona-se] chamado Júlio César de Arruda Beltrão, hoje com 68, 69 anos. Os dois se separaram quando eu tinha 2 anos e ele voltou pra Pernambuco. Uma pena, porque eu queria ter convivido mais com ele. Mas ele tem uma personalidade incrível, é capaz de falar com o poste. É um popstar [risos]. Já minha mãe é mais misteriosa, na dela. Morei toda minha infância com ela e a minha avó, em Copacabana, num quarto e sala, na rua Barão de Ipanema, 78, apartamento 308, telefone 236-4660, igualzinho aquele ali [aponta um aparelho preto, antigo, no canto da sala].


MC É possíver viver só de teatro aqui no Brasil? 
AB A Lei Rouanet ajuda. Se ela não existisse, a gente poderia estar roubando [risos]. Para você ter uma ideia, no Rio, 88% das pessoas que vão ao teatro pagam meia entrada. Ou seja, temos quase toda a casa a meio ingresso. O estudante tem que ser privilegiado, mas isso não pode massacrar o teatro. O certo seria haver uma cota. Tipo: '40% da casa têm direito à meia-entrada'. Afinal, não pagamos meio iluminador, meio figurinista, meio técnico de som...


MC Vocês são muito amigas? 
AB Muito! Há mais de 20 anos, desde A estrela do lar [peça de teatro em que contracenaram]. Ficamos tão amigas que ela é madrinha do meu filho, Chico. Sou fã dela como atriz, mulher, amiga, tudo.


MC Atualmente, que atividade física você faz? 
AB Antes de entrar em cena, Marieta e eu fazemos uma super aula de pilates para aguentar o tranco. E eu me viciei em correr na praia. Corro todos os dias 35 minutos, faço 40 de musculação e ioga, pelo menos uma vez por semana. Adoro feijão, arroz, carne, batata, empada, brigadeiro. Então, só correndo para pagar as travessuras.




Peças


1976 - O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna
1984 - O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues
1986 - Ação entre Amigos, de Márcio Souza e direção de Paulo Betti
1988 - O Amigo da Onça, de Chico Caruso
1989 - A Estrela do Lar, com texto e direção de Mauro Rasi, ao lado de Marieta Severo
1991 - Senhorita Júlia, de August Strindberg, com direção de William Pereira
1994 - 5 X Comédia, coletânea de esquetes cômicos de Pedro Cardoso, Luis Fernando Verissimo, Mauro Rasi, Vicente Pereira e Hamilton Vaz Pereira, com direção geral do último.
1998 - A Dona da História, com texto e direção de João Falcão, e onde dividiu com Marieta Severo o palco e a personagem Maria Helena, interpretando a mesma aos vinte anos.
2001 - Memória da Água, de Shelagh Stephenson, com direção de Felipe Hirsch
2002 - A Prova, de David Auburn, com direção de Aderbal Freire Filho
2005 - Sonata de Outono, de Ingmar Bergman, com direção de Aderbal Freire Filho, dividindo a cena com Marieta Severo
2008 - As Centenárias, de Newton Moreno, direção de Aderbal Freire Filho, ao lado de Marieta Severo


Filmes


1984 - Bete Balanço
1984 - Garota Dourada.... Glória
1985 - O Rei do Rio.... Thaís
1985 - Os Bons Tempos Voltaram: Vamos Gozar Outra Vez.... Andréa
1986 - A Cor do Seu Destino
1986 - As Sete Vampiras.... Maria
1986 - Rock Estrela.... Hellena
1987 - O Bebê
1989 - Minas-Texas.... Januária
1990 - O Escorpião Escarlate.... Glória Campos
1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
1997 - Pequeno Dicionário Amoroso.... Luiza
2001 - A Partilha.... Regina
2003 - Chatô, o Rei do Brasil.... Vivi Sampaio
2004 - Cazuza - O Tempo não Pára.... Malu
2005 - O Coronel e o Lobisomem.... Dona Bébé
2007 - A Grande Família - O Filme.... Marilda
2007 - O Tablado e Maria Clara Machado.... Documentário
2008 - Romance.... Fernanda
2007 - Jogo de Cena.... Documentário
2009 - Verônica.... Verônica
2009 - Salve Geral.... Lucia
2010 - O Bem Amado.... Dulcinéia


Trabalhos


1981 - Ciranda de Pedra.... Sandra
1983 - Elas por Elas.... Regina
1984 - Corpo a Corpo.... Ângela[1]
1985 a 1988 - Armação Ilimitada.... Zelda
1990 - Rainha da Sucata.... Ingrid
1992 - Pedra sobre Pedra.... Úrsula
1992 - Você Decide, Coração partido
1993 - Mulheres de Areia.... Tônia
1993 - Radical Chic.... Radical Chic
1994 - Caso Especial, Suburbano coração.... Norma Siqueira
1994 - A Viagem.... Lisa
1994 - A Madona de Cedro.... Marta Rodrigues
1996 - Vira-lata.... Helena
1996 - A Comédia da Vida Privada, A próxima atração
1997 - A Comédia da Vida Privada, A grande noite
1997 - A Comédia da Vida Privada, Anchietanos
1997 - A Comédia da Vida Privada, A voz do coração
1998 - Era Uma Vez.... Bruna
1999 - Zorra Total.... Garota TPM
1999 - Você Decide, Mulher 2000
2000 - Você Decide, Olha o passarinho
2000 - Brava Gente, O Condomínio
2001 - Brava Gente, A grã-fina de Copacabana
2001 - As Filhas da Mãe.... Tatiana
2002/2009 - A Grande Família.... Marilda
2002 - Os Normais, Tudo Normal Como Antes.... Marilena
2003 - Fantástico, As 50 leis do amor
2003 - Carol & Bernardo.... Carol
2004 - Sitcom.br
2004 - Os Aspones.... Leda
2005 - Damas e Cavalheiros
2009 - Som & Fúria.... Elen Duarte de Mello Sodré
2010 - Programa Piloto.... Beatriz J.
2011 - O Bem Amado.... Dulcinea Cajazeira
2011 - Tapas & Beijos.... Sueli

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